Hoje e amanhã em todo o país e nos Açores: Trabalhadores de empresas de segurança privada estão em greve

Hoje e amanhã em todo o país e nos Açores: Trabalhadores de empresas de segurança privada estão em greve
25 Março 2010 [Regional]

Depois da reunião realizada no dia 22, uma última reunião de Conciliação realizou-se no Ministério do trabalho da revisão do contrato colectivo de trabalho da Vigilância Privada mas não houve acordo. Diz os Sindicato que nesta reunião, os patrões estiveram muito pressionados pelo descontentamento da classe Trabalhadora e pelas perspectivas de uma boa adesão nacional que vai decorrer hoje e amanhã em todo o país, incluindo a Região Autónoma dos Açores. Todas as empresas de segurança privada, com sede a nível nacional, vão para a greve, que é extensiva à Região. Assim, os trabalhadores de segurança privada ligados às empresas SECURITAS, PROSEGUR, HORIZONTE+ e ICTS estão abrangidas. De fora fica apenas a empresa regional PROVISE.
Paulo Marques do Sindicato dos Trabalhadores de Serviços de Portaria, Vigilância, Limpeza, Domésticas e de Actividades Diversas (STAD) disse ao Correio dos Açores que a Região não pode ficar de fora desta greve porque os trabalhadores estão abrangidos pelas empresas com sede no continente.
Certo que em causa está uma proposta para a criação da categoria “de vigilante aeroportuário, em que não houve acordo, bem como não houve acordo para a actualização dos salários, cujo valor proposto de aumento pelo sindicato era de 3%, depois baixou para 1.15% e os patrões só querem dar 0,75%, daí que a greve seja hoje e amanhã. Também nos salários os patrões queriam que a revisão do Contrato Colectivo de Trabalho só vigorasse, excepcionalmente, 9 meses, até Dezembro deste ano.
Nesta reunião não houve acordo mas o STAD, considerando esta posição patronal e na tentativa de resolver a revisão do Contrato colectivo de trabalho sem greve, propôs aos patrões um “Acordo de Princípios” para ser discutido pelos trabalhadores em novo Plenário de Trabalhadores.
Porém, apesar deste grande esforço do STAD, diz Paulo Marques, os patrões, de uma forma intransigente totalmente inacreditável, “roeram a corda” numa reunião extraordinária realizada na sede do STAD em 23 de Março e recusaram o acordo. Mais refere que “Os patrões não respeitam quem trabalha, não respeitam as nossas dificuldades económicas, não respeitam os problemas sociais que temos, não respeitam os esforços dos sindicatos para se encontrar uma solução para os problemas sem greves”.
Mais refere o sindicato que “os patrões só pensam egoisticamente nos seus lucros“.

Autor: Nélia Câmara

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