Prosegur e Apav lançam campanha preventiva

Prosegur e Apav lançam campanha preventiva


21-Nov-2009
Os portugueses vão receber conselhos para "dificultar a vida aos larápios" que cobiçam os seus pertences. Numa campanha nacional a lançar em Janeiro, serão também recordados os apoios existentes a vítimas de crimes patrimoniais.

Integrada num projecto mais abrangente da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) na área dos crimes contra o património, a campanha intitula-se "Se pode complicar, para quê facilitar?" e tem um objectivo preventivo e de informação "prática" sobre o que fazer em caso de crimes patrimoniais.

Os últimos dados sobre criminalidade realçam a importância da criminalidade contra o património, "alguma dela já com níveis muito grandes de violência", como disse à agência Lusa o director executivo da APAV, João Lázaro.

Há algum tempo não se colocava o problema dos roubos de telemóveis entre os jovens, pois estes equipamentos não eram frequentes. Não era igualmente comum ouvir falar de assaltos ou burlas a idosos com o objectivo de "levar" dinheiro ou objectos de valor. O "carjacking" não era notícia nos jornais.

O director executivo da APAV e coordenador do projecto salientou que as vítimas deste tipo de crimes, como roubos ou furtos, em casa ou na rua, sempre foram objecto do apoio especializado da associação.

"Desde há algum tempo havia a ideia de focar uma campanha com carácter fortemente preventivo relativamente aos crimes contra o património", explicou João Lázaro.

O responsável referiu que estes crimes, "face ao que se conhece dos números oficiais do relatório anual de segurança interna, representam uma boa fatia da criminalidade em Portugal".

O relatório referente a 2008 concluiu que os crimes contra o património continuam a representar a maior parte da criminalidade participada às autoridades portuguesas, atingindo 57 por cento do total.

O aumento das situações reportadas reflecte as subidas nos crimes de furto em residência com arrombamento, escalamento ou chaves falsas ou de furto em veículo motorizado. No entanto, o documento refere tendências contrárias, de descida do número de participações, nas burlas para obtenção de alimentos, na extorsão ou nos furtos por esticão.

"A campanha apela a uma participação dos cidadãos e a alguma mudança de atitude do ponto de vista preventivo.

Como caminhar na rua, nas zonas mais iluminadas ou cuidados na protecção da própria casa, [são] mensagens têm de ser continuamente reforçadas e presentes, brincando e apelando ao humor", avançou João Lázaro.

Por outro lado, será transmitido "o que fazer para recuperar a confiança ou o que fazer de um ponto de vista muito prático quando a carteira ou a mala é roubada, o que fazer relativamente aos cartões, aos cheques. [São] dicas e conselhos de como ajudar a vítima de crime".

Na área da segurança pessoal, a campanha privilegia dois grupos etários: "os jovens, com dicas muito específicas para os percursos habituais a pé, entre a escola e a casa, os transportes públicos, o telemóvel" e as pessoas idosas para "prevenções específicas", como a utilização do Multibanco.

A iniciativa resulta de uma parceria ao abrigo da lei do mecenato com a agência de publicidade JWT Portugal, que concebeu a campanha, e a Prosegur Activa, empresa do sector da segurança privada que se associa como parceiro estratégico da APAV.

Vai ser divulgada no final de Janeiro na televisão e na rádio, mas também serão distribuídos cartazes e folhetos com informação específica consoante o tipo de destinatário.

in: JN