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Novos casos de crimes na noite apanham Miguel
ANASP- Admin
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por CARLOS
RODRIGUES LIMA
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DIAP de Lisboa 'puxou' processo do
futebolista que estava no Seixal. Laboratório da PJ entregou relatório
em Fevereiro.A Unidade Especial de
Combate ao Crime Violento ficou com o caso do futebolista Miguel - que
esteve envolvido num tiroteio à porta de uma discoteca do Seixal, em
Dezembro de 2009 -, 'tirando-o' ao Ministério Público do Seixal, por
este estar alegadamente relacionado com outros crimes praticados na
noite de Lisboa. Ao que o DN apurou, desde Fevereiro deste ano que o MP
do Seixal tem na sua posse o relatório do Laboratório da Polícia
Científica da PJ, que aponta para a presença de pólvora nas mãos do
futebolista aquando do incidente de 2009.Contactado ontem pelo
DN, António Pragal Colaço, advogado do futebolista, garantiu desconhecer
o teor do relatório do laboratório da PJ. Até porque, garantiu, "o
Miguel não foi constituído arguido". Ainda assim, considerou que "a ser
verdade, o Miguel estava próximo da pessoa que disparou e até lhe
retirou a arma das mãos". Aliás, a arma até foi, em Dezembro de 2009,
encontrada pela polícia no carro de Miguel, sendo que a viatura até foi
apreendida. E, recorde-se, um dos amigos que estava com Miguel naquela
noite chegou a ser condenado em processo sumário por posse de arma
ilegal. Resta saber, porém, se o inquérito vai ou não evoluir para a
acusação de homicídio na forma tentada.Segundo fontes judiciais
ouvidas pelo DN durante o dia de ontem, o facto de o caso ter passado do
MP do Seixal para a Unidade Especial de Combate ao Crime Violento do
DIAP de Lisboa é porque este departamento tem em curso novas
investigações sobre criminalidade na noite de Lisboa. E, de acordo com
as mesmas fontes, terá encontrado conexões entre o episódio de Dezembro
de 2009 na discoteca RS Dreams, no Seixal, e outros ocorridos em
discotecas lisboetas.Recorde-se que o futebolista e mais cinco
amigos foram barrados à entrada daquela discoteca, tendo-se gerado uma
confusão que levou alguém a disparar cinco tiros. Ora, o DIAP de Lisboa
pretende averiguar quem foi, exactamente, o autor dos disparos. Na
altura, a Polícia Judiciária de Setúbal realizou as primeiras recolhas
de vestígios no local. Miguel, refira- -se, tanto pode ser ouvido pelo
DIAP na qualidade de arguido como na de testemunha. Contactada pelo DN,
Maria José Morgado, directora do DIAP de Lisboa, não quis falar sobre
este caso.
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